O presidente da Agência para a Modernização Administrativa diz que soluções de inteligência artificial, como o ChatGPT, “abrem um mundo de oportunidades” que podem “revolucionar o setor público”.
O presidente da Agência para a Modernização Administrativa (AMA) considera, em declarações à Lusa, que soluções de inteligência artificial (IA) como o ChatGPT “abrem um mundo de oportunidades” que, “bem utilizadas”, têm “potencial de revolucionar o setor público”.
João Dias, que falava à Lusa em vésperas da 32.ª edição do congresso da APDC – Digital Business Community, no qual vai ser orador no painel sobre a nova onda de serviços digitais da Administração Pública, adianta que “em breve” haverá “novidades” sobre a utilização de IA para melhorar o atendimento ao público.
“Soluções de IA como o ChatGPT abrem um mundo de oportunidades que, se forem bem utilizadas, podem ter um potencial de revolucionar o setor público”, afirma o gestor, quando questionado pela Lusa sobre o tema.
Esta tecnologia de inteligência artificial “pode ser usada no setor público para melhorar a comunicação, aumentar a participação pública e agilizar os processos de tomada de decisão”, acrescenta.
“Por exemplo, o ChatGPT pode ser usado para responder a perguntas frequentes do público, fornecer informações e suporte personalizados e facilitar conversas ‘online’ entre as partes interessadas”, aponta João Dias, sendo que, ao mesmo tempo “também pode analisar grandes quantidades de dados, como ‘feedback’ dos cidadãos ou pesquisas de opinião pública, para ajudar os funcionários públicos a tomar decisões mais informadas”.
Assim, “em breve, teremos novidades sobre a utilização desta tecnologia para melhorar o atendimento público”, avança.
O sucesso do ‘chatbot’ ChatGPT aumentou o debate sobre a IA e o papel da tecnologia, isto porque este modelo de IA generativa pode gerar textos que se confundem como feitos por humanos e até imagens falsas, como também informação falsa e plagiar, levantando preocupações éticas e sociais.
O ChatGPT, da OpenAI, lançado no final de 2022, impulsionou as empresas concorrentes a desenvolver projetos similares nos últimos meses.
A ‘tokenização’, representação de ativos físicos por digitais, os avanços da IA e o potencial de ganhos da Administração Pública com o digital são alguns dos temas em debate na 32.ª edição do congresso da APDC.