CRID celebrou esta semana 19 anos. Desde 2006 que se tem distinguido pela prestação de consultoria e desenvolvimento de projetos pioneiros a nível nacional e internacional.
O Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID), da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), assinalou na passada terça-feira o seu 19.º aniversário com um passo simbólico e estratégico no reforço da acessibilidade, com o lançamento de três novos selos que pretendem certificar a qualidade do que é produzido, garantindo acessibilidade, validação técnica e um compromisso efetivo com práticas inclusivas.
A cerimónia de lançamento dos selos decorreu contou com a presença da presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, Sónia Esperto. No momento, foi também celebrado um protocolo de colaboração entre as duas entidades, com o objetivo de promover ações e iniciativas conjuntas que reforcem a inclusão, a acessibilidade cultural e a comunicação para todos.
“A criação dos selos surge da necessidade de tornar visível e reconhecível o trabalho de acessibilidade que o CRID tem desenvolvido ao longo de quase duas décadas”, explica Célia Sousa, coordenadora do CRID e docente da ESECS do IPL.
Os três selos, criados pelo CRID, são o ‘Selo de Comunicação Acessível’, que certifica os materiais, publicações e conteúdos que cumprem critérios de comunicação inclusiva, assegurando que a informação chega a todos os públicos; o ‘Selo de Livro Multiformato’, que garante que livros, folhetos e guiões cumprem padrões rigorosos de acessibilidade multiformato, tal como os modelos produzidos para museus, património cultural e itinerários religiosos; e o ‘Selo de Espaço Cultural Acessível’, que reconhece os espaços culturais, como museus, que oferecem condições efetivas de acessibilidade comunicacional para públicos diversos.
Desde 2006 que o CRID tem-se distinguido pela prestação de consultoria e desenvolvimento de projetos pioneiros a nível nacional e internacional, como o ‘Leiria de Todos + Acessível’, que levou a região para a vanguarda da inclusão ao adaptar monumentos e museus para múltiplos públicos com braille, relevo e pictogramas, o ‘Itinerário Jubilar’, com versões em braille e pictogramas, que recebeu uma carta de agradecimento do Papa Francisco, ou ainda projetos como o Guião Multiformato para o Espaço Litúrgico, permitindo que pessoas cegas, surdas e com incapacidade intelectual acedam plenamente à informação.
Num balanço dos 19 anos do CRID, que considera “extremamente positivos”, Célia Sousa orgulha-se de o centro se afirmar hoje como “uma referência nacional e internacional, produzindo conhecimento, ferramentas e projetos que impactam diretamente a vida de milhares de pessoas”.
“A equipa cresceu, diversificou áreas de atuação e consolidou parcerias que ampliaram o alcance da inclusão, tornando a instituição num símbolo de inovação, compromisso social e rigor técnico”, afirma, citada numa nota de imprensa do IPL.
Com o lançamento destes selos, o CRID “inicia uma nova fase, mais ampla e visível”, com o lançamento de um livro multiformato, com data marcada para janeiro, realizado para o município de Castelo Branco, seguindo-se a edição e execução de mais dois livros com uma tiragem de mil exemplares”, avança Célia Sousa.
A coordenadora do CRID avança ainda a intenção de reforçar o envolvimento em projetos internacionais, nomeadamente com algumas universidades do Brasil.
FONTE: DIÁRIO DE LEIRIA
