As PME estão atualmente a debater-se com um grande desafio: encontrar o talento certo com as competências certas. A inadequação e a escassez de competências não são apenas uma questão local, mas uma preocupação à escala continental da União Europeia. Em maio de 2023, a Direção-Geral do Emprego, dos Assuntos Sociais e da Inclusão, em nome da Comissão Europeia, lançou o Eurobarómetro Flash 529 Ano Europeu das Competências: escassez de competências, estratégias de recrutamento e retenção nas pequenas e médias empresas. Este inquérito visava descobrir a escassez de competências que assola as PME e lançar luz sobre as suas estratégias de recrutamento e retenção
Principais conclusões:
As competências são tudo: 95% de todas as PME afirmam que é muito (82%) ou moderadamente (13%) importante que o seu modelo de negócio tenha trabalhadores com as competências adequadas.
A escassez de competências persiste: três quartos (74 %) das PME na Europa afirmam enfrentar concretamente uma escassez de competências para, pelo menos, um cargo na sua empresa. Além disso, mais de metade dos empregadores (53%) referem considerar difícil reter pessoal qualificado e quase 4 em cada 5 afirmam que é normalmente difícil para eles localizar pessoas com as competências adequadas.
Imperativo digital: A era digital veio para ficar, com 24 % dos inquiridos a reconhecerem a importância crescente das competências digitais nas suas PME. De facto, 45 % lamentaram que a escassez de competências dificulte a adoção de tecnologias digitais.
Recrutamento e Retenção Inovadores: As PME utilizam atualmente uma vasta gama de estratégias para recrutar e manter trabalhadores. Isso inclui iniciativas para utilizar melhor os talentos já presentes na organização (como mobilidade de pessoal ou rotação de emprego), maiores gastos com treinamento ou aumentar as vantagens financeiras e/ou não financeiras oferecidas pelos empregos.
Pedido de apoio: As PME apelam a uma melhor coordenação com os serviços públicos de emprego (58 %), a melhores instrumentos de avaliação das competências dos candidatos (49 %) e a instrumentos reforçados para avaliar as suas próprias necessidades de competências (46 %).
O apelo é claro: existe uma necessidade urgente de reformular os esforços de educação e formação para corresponder à procura de competências, especialmente face às revoluções digital e ecológica.
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