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As mulheres não podem perder a oportunidade nas profissões tecnológicas

Num momento em que apenas 22% dos especialistas em TIC (tecnologias de informação e comunicação) na Europa são mulheres. “Não podemos fazer aqui uma questão de quotas. Nós precisamos de muita gente e esta também é uma das razões que faz com que as mulheres ao optarem por estas áreas estão a potenciar o desenvolvimento económico e social”, defende Luísa Ribeiro Lopes.

Uma das estratégias de médio prazo é a formação nos primeiros anos de ensino. “Nós queremos lançar rapidamente as mini engenheiras por um dia para começarmos ainda mais no pré-escolar e no ensino básico para desconstruir estas questões que são tão impactantes depois do desenvolvimento futuro da nossa sociedade e do desenvolvimento e das oportunidades que mulheres e homens deviam ter da mesma forma, não que elas tenham que optar, mas pelo menos que saibam que podem escolher estas áreas”, argumenta.

No curto prazo é preciso apostar na formação ao longo da vida. Um dos programas para isso chama-se UPSkill e é destinado aos desempregados, mas Luísa Ribeiro Lopes queixa-se que nem todas as vagas ficam cobertas

“Nós sabemos que o desemprego baixou e depois nestas áreas nós não temos a procura que gostaríamos e que as empresas gostariam, mas ainda assim estamos na terceira edição, já se formaram várias e centenas de pessoas e queremos crer que é um programa que vai continuar”, sublinha a presidente da “.PT”.

Em relação ao preço da Internet em Portugal, Luísa Ribeiro Lopes, adianta que é preciso negociar com os operadores tarifas de acesso à internet mais adequadas aos rendimentos dos portugueses. “Eu julgo que é muito importante pacificar esta relação também com os operadores e junto deles tentar rapidamente encontrar soluções que sirvam o país e que sirvam o país nas suas dimensões todas quer para as empresas, quer para os cidadãos”.

Ou seja, “temos que tornar os interesses divergentes em interesses convergentes e na realidade, este é um trabalho que é essencial para nós termos um Portugal cada vez é mais coeso em termos digitais”, defende Luísa Ribeiro Lopes.

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